Preocupação significa literalmente "PRÉ-ocupação", uma ocupação antecipada da mente. A preocupação é filha do medo e irmã da ansiedade. Ela diz sempre respeito ao futuro, a uma possível experiência negativa que se deseja evitar. Mas cada vez que pensamos naquilo que nos preocupa, assistimos a um filmezinho mental com final infeliz, no qual as conseqüências negativas que tememos são antecipadas. Sempre que a nossa mente é tomada (consciente ou inconscientemente) por esta visão futura, nós nos "pré-ocupamos". Como conseqüência, experimenta-se, em parte, as sensações negativas associadas ao evento futuro que se deseja evitar. Um tipo particular de preocupação é a preocupação de não esquecer. Esquecer é uma forma de perda. Pior, é uma perda involuntária. Quando anotamos uma ação futura numa lista que temos o hábito de consultar, podemos nos "des-pré-ocupar". Quando nossa mente se desocupa do "o que" fazer, podemos nos dedicar mais à questão fundamental do "por que" fazer e à estratégia do "como" fazer para obter melhores resultados. "Os mestres do tempo esvaziam a sua memória do ”quê" em favor do "como" e do "porque". O "quê" vai para memórias anexas (listas)" - Jean Louis Servan Schreiber. Porém cuidado com o efeito da des-pré-ocupação. Se você anotar numa folha de papel qualquer, que você não tem o hábito de consultar, a despreocupação terá o efeito de fazê-lo esquecer mais facilmente. Aliás, existe um provérbio chinês que diz: "Se quiser esquecer, anote". Aparentemente, isto está em contradição com o que estamos dizendo. Poderíamos entender que o conselho chinês nos incita a não anotar nada. Mas a verdadeira mensagem que devemos tirar daqui é: tenha um método para anotar, não anote de qualquer jeito e em qualquer lugar.
Jaime Wagner
(Diretor do PowerSelf que cuida de organização de tempo e qualidade de vida para executivos)
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