06 novembro 2010

ROUPA SUJA

"Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Três dias depois, também durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e novamente a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que a outra vizinha lhe deu sabão? Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente lhe respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei a vidraça da nossa janela!"
 
E assim é. Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir.
Verifique seus próprios defeitos e limitações.
Devemos olhar, antes de tudo, para nossa própria casa, para dentro de nós mesmos.
Veja as qualidades e elogie; os defeitos logo desaparecerão.

5 comentários:

  1. There are somethings in our lives that must be told every one in a while so we can always remember. This one above is one. If we do not watch, we can do exactly the same.


    Thanks Boss

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  2. Concordo com meu amigo John, as vezes é importante ouvirmos algumas coisas novamente. Por isso tento não julgar. Um exercício diário.

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  3. Apontar os defeitos não necessariamnte implica um exemplo de conduta por parte de quem os nota. Quem aponta sempre deve estar preparado para também ser criticado. Mas JULGAR é muito mais sério. Implica superioridade e direito de correção.
    A compreensão do outro é o melhor caminho para vislumbrar uma janela suja.

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  4. Gosto de citar sempre uma simples frase, mas que é consagradamente verídica: "Quem não tem teto de vidro, que atire a primeira pedra." As pessoas acostumadas a julgar devem ter me mente que um dia serão julgadas, independentemente do julgamento feito por elas ser justo ou não, bem como se o julgamento que estão recebendo ser ou não justo. Julgar implica em ter provas concretas em mãos, ter fatos nitidamente esclarecedores em mente, experiências anteriores que auxiliem a desvendar uma situação, enfim, julgar não é e nunca será fácil. O texto acima descrito mostra bem isso, pois como é que uma pessoa que precisa receber lições sobre limpeza pode julgar outra, sendo que a outra pessoa foi quem efetivamente passou a ela uma lição, ainda que sem citar uma só palavra. Apontar defeitos alheios caracterizam-se por ser extremamente perigosos, pois é sabido que a mente das pessoas mudam com o decorrer dos anos, e não é algo extraordinariamente absurdo imaginar algo que hoje é citado pela pessoa como um "defeito intransponível, incorrigível" tornar-se amanhã um dos "lemas" de vida da pessoa, independentemente dos fatos e condições que a cercam na atual condição. Relatar defeitos de forma construtiva deveria ser um dos mandamentos do ser humano para que seja possível alcançar um alto grau de desenvolvimento e de dignidade, ou seja, parar sermos mais humanos na acepção da palavra, e não meras máquinas que foram programadas para dispararem sem qualquer pré-requisito.

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  5. Engraçado, estou lendo Ágape, e ele cita isso, junto com uma parte da Biblia. Antes de olhar os problemas dos outros temos que realemnte procurar melhorar os nossos.

    Muito bom Evandro.

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