19 março 2010

O PONTO DA MUDANÇA

É estranho quando sento-me na frente do PC para postar algo sobre motivação e percebo que todas minhas idéias e criações estão voltadas para o momento que estou passando. Tenho que lhe ser sincero amigo leitor, acredito que este blog seja muito mais proveitoso para mim do que propriamente para você.
Sinto-me como um rio de sentimentos que precisa chegar a seu destino: encher um pouco mais com coisas boas o oceano que há dentro de você que está aqui lendo.
Este foi o principal objetivo quando tive a idéia de criar este blog, atingir as pessoas que eu gosto e me importo (e depois outras que nem conheço) de uma maneira diferente e através de um canal diferente, talvez eu estava um pouco iludido com os resultados que eu poderia ter.
Mesmo assim não quero ficar parado, este blog por si só é um exemplo de superação e persistência, mudei o layout, quero mudar o estilo dos posts, mudar, mudar, mudar... Alíás mudar não, acompanhar as mudanças, acompanhar as SUAS mudanças.
Seguindo essa linha leia abaixo um texto do Paulo Coelho que hoje me ajudou a motivar.
Espero que você esteja gostando e agradeço muito sua visita.
Volte Sempre!

"Em um dos meus livros (“O Zahir”), procuro entender por que razão as pessoas têm tanto medo de mudar.
Quando estava em pleno processo de escrita do texto, caiu nas minhas mãos uma estranha entrevista, de uma mulher que acaba de lançar um livro sobre — imagine o quê? — amor.
O jornalista pergunta se a única maneira de o ser humano atingir a felicidade é encontrando a pessoa amada.
A mulher diz que não: — O amor muda, e ninguém entende isso. A idéia de que o amor leva à felicidade é uma invenção moderna, do final do século XVII. A partir daí, a gente aprende a acreditar que o amor deve durar para sempre e que o casamento é o melhor lugar para exercê-lo. No passado, não havia tanto otimismo quanto à longevidade da paixão. Romeu e Julieta não é uma história feliz, é uma tragédia. Nas últimas décadas, a expectativa quanto ao casamento como o caminho para a realização pessoal cresceu muito. A decepção e a insatisfação cresceram também.
Segundo as práticas mágicas dos feiticeiros no norte do México, existe sempre um evento em nossas vidas que é responsável pelo fato de termos parado de progredir. Um trauma, uma derrota especialmente amarga, uma desilusão amorosa, até mesmo uma vitória que não entendemos direito, terminam fazendo com que nos acovardemos, e não sigamos adiante. O feiticeiro, no processo de crescimento de sua conexão com os poderes ocultos, precisa primeiro livrar-se deste “ponto acomodador”, e para isso tem que rever sua vida, e descobrir onde está.
Quando era pequeno, sempre brigava, e sempre batia nos outros, porque era o mais velho da turma. Um dia levei uma surra do meu primo, fiquei convencido de que a partir daí nunca mais ia conseguir ganhar qualquer briga, e passei a evitar qualquer confronto físico, embora muitas vezes tenha passado por covarde, deixando-me humilhar diante de namoradas e amigos. Até que um dia, aos 22 anos, terminei entrando sem querer em uma briga numa boate do Rio. Levei uma surra, mas o “ponto acomodador” foi embora. Hoje não brigo porque é uma péssima maneira de me expressar, e não por covardia.
Tentei durante dois anos aprender a tocar violão: progredi muito no começo, até que cheguei a um ponto onde não consegui avançar mais — porque descobri que outros aprendiam mais rápido que eu, me senti medíocre, resolvi não passar vergonha, e decidi que aquilo não me interessava mais. O mesmo aconteceu com jogo de sinuca, futebol, corrida de bicicleta: aprendia o bastante para fazer tudo razoavelmente, mas chegava um momento em que não conseguia seguir adiante.
Por quê? Porque, diz a história que nos foi contada, em um determinando momento de nossas vidas, “chegamos ao nosso limite”. Não devemos mais mudar. Não conseguimos mais crescer. Tanto a profissão como o amor atingiram seu ponto ideal, e é melhor deixar tudo como está.
Verdade? A verdade é a seguinte: sempre podemos ir mais longe. Amar mais, viver mais, arriscar mais.
Nunca a imobilidade é a melhor solução.
Porque tudo à nossa volta muda (inclusive o amor) e precisamos acompanhar este ritmo.
Estou casado há 28 anos com a mesma pessoa, mas mudei de “mulher” (e ela mudou de “marido”) várias vezes durante nossa relação. Se quiséssemos continuar como éramos em 1979, não creio que tivéssemos chegado tão longe."

(por Paulo Coelho, extraído do jornal O Globo – 09/dez/2007)

4 comentários:

  1. A nossa vida está sempre em constante mudança, portanto, nós mudamos também...a forma de pensar, de agir...enfim...hoje eu vejo a vida com outros olhos, e faço diferente do que fazia no passado e com certeza no futuro vão ocorrer mudanças. Todos os dias estou sempre aprendendo!!

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  2. Prezada Tainá!
    Você tem total razão, é exatamente esse sentimento que é muito difícil das pessoas terem. A maioria tem muito medo de mudanças, mas nem percebme que vivem a mudança a todo o momento!
    Parabéns pelo comentário e Obrigado pelas visitas ao BLOG!

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  3. Evandro!!
    Nem sempre da tempo de comentar no blog, mas leio todos os dias!!
    Obrigada pela iniciativa!! É realmente icrivel, várias vezes o texto que está no blog é exatamente o momento que estou vivendo!!

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